terça-feira, 27 de abril de 2010

Boa Notícia


O Jornal Estadão publicou nesta segunda-feira, dia 26, que pela primeira vez em 16 anos metade dos trabalhadores das metrópoles do País tem carteira assinada. O dado foi anunciado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Estatísticas, que revela que os trabalhadores contratados em regime de CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) atingiram o índice de 50,3% do total de ocupados em janeiro e 50,7% em fevereiro. São 11 milhões de pessoas com carteira assinada nas grandes cidades. Nunca antes nesse país, desde março de 1994, o setor privado empregou com registro metade dos trabalhadores das grandes cidades. De acordo com especialistas, e eu como economista devo concordar, vários motivos explicam a disposição das empresas em assinar a carteira do trabalhador, apesar do peso dos impostos. O principal é o crescimento da economia, mas também influenciam a inflação controlada (que traz previsibilidade), a expansão do crédito (os investidores exigem o cumprimento das leis antes de colocar dinheiro em uma empresa) e maior fiscalização.
A reportagem aponta os desafios. Segundo o IBGE, apesar dos avanços, quase 8 milhões de pessoas têm um emprego precário nas metrópoles do País. No interior, esse número se multiplica, porque as cidades concentram o emprego formal. Na agricultura, a produção de subsistência é quase toda informal. Entre as 6,5 milhões de empregadas domésticas brasileiras, apenas 1,5 milhão tem carteira assinada. Muitas pequenas e médias empresas trabalham na informalidade, porque não conseguem pagar os impostos e encargos sociais que fazem um trabalhador custar para a empresa o dobro do seu salário. Ainda temos muito a caminhar, mas pelo menos agora sabemos que estamos no caminho certo.

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