Estive Na semana passada em Sabará, região metropolitana de Belo Horizonte, na Santa Casa de Misericórdia. O prédio, que tem quase 200 anos de existência, é um dos mais antigos da cidade e é a referência hospitalar dos quase 140 mil habitantes do município. Uma instituição filantrópica - a prefeitura arca com parte das despesas do hospital por meio de um valor anual aprovado pela Câmara Municipal - a Santa Casa de Sabará passa por sérias dificuldades. Acumula uma dívida de grande porte e faltam recursos para a reforma do prédio, que apresenta rachaduras e infiltrações, para a compra de equipamentos, e outros insumos básicos.
Em conversa com a direção da entidade, me comprometi com a causa. Vou ajudar na construção do projeto que vai discriminar as necessidades da entidade, como a reforma do prédio e o levantamento dos equipamentos necessários.
Atualmente, a Santa Casa funciona parcialmente prestando serviços de obstetrícia (parto e curetagem), ginecologia (cirurgias), atendimento de urgência/emergência em clínica médica e pediatria, consultas oftalmológicas e dermatológicas, atendimento de urgência, cirurgia e consultas em ortopedia e atendimento de urgência em ortopedia 24 horas. A situação da Santa Casa já foi pauta de audiência na Assembléia Legislativa no mês passado, sendo discutida pela Comissão de Saúde. Uma comissão formada por moradores e lideranças municipais relatou a situação dramática vivida pelo hospital.
É uma justa causa. Adotar medidas emergenciais na Santa Casa de Sabará pode evitar o fechamento do hospital que é referência no município e, ainda, resolver um problema que é metropolitano. O fechamento do hospital em Sabará acabará por sobrecarregar municípios vizinhos e, com certeza, a rede hospitalar da capital, Belo Horizonte, que naturalmente já assume a demanda de muitos outros municípios.
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