quinta-feira, 27 de maio de 2010

Um livro por aluno


O presidente Lula sancionou nesta quarta-feira, dia 26, lei que obriga todas as instituições públicas e privadas de ensino a terem biblioteca. E mais: o acervo mínimo deverá ser de um livro por aluno matriculado. A iniciativa vem para cobrir o déficit na maioria das escolas do país, de acordo com os dados revelados pelo Censo de 2009 que indica que mais de 65% das escolas de ensino fundamental no Brasil não possuem bibliotecas.
Quando sanciona uma lei desse porte, o presidente não só dá a devida importância à leitura e à educação para o seu país, reconhecendo que proporcionar o acesso ao conhecimento e à formação de indivíduos críticos, comprometidos com o mundo em que vivem e capazes de intervir na sociedade, passa, obrigadoriamente pela formação de leitores competentes, como dá mais um passo para pôr fim à política que prevaleceu há anos nesse país onde nunca foi interessante gerar formadores de opinião.
Já não era sem tempo a iniciativa de criar estímulos para a leitura. Mais do que a capacidade de ler, é preciso ter o prazer pela leitura. Só assim serão construídas as competências necessárias para a formação de um indivíduo culturalmente construído. Fala-se muito que várias gerações não se interessam pela leitura, pela política, e que as novas gerações precisam se engajar para saber serem representadas. É verdade. E a nova lei tem muito a contribuir com essa realidade que se impõe: a leitura do mundo, a compreensão da realidade social, a intervenção para a transformação da sociedade.

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